Troca-Troca: My Mad Fat Diary


Não sendo o suficiente assistir a “apenas” cinco séries regularmente ― Sleepy Hollow, Grimm, The Blacklist e Sherlock, mamãe sente falta de vocês! Saiam logo do hiatus! ― propus à minha querida Giulia, a quem chamo carinhosamente de sista, a trocarmos séries, assim como a minha irmã de 8 anos troca figurinhas.
Recebi como missão ver My Mad Fat Diary. Não me é um programa muito estranho, afinal para quem vive em redes sociais, o que é o meu caso, MMFD já perambulou pelo menos uma vez pelo feed ― ou, recentemente, várias vezes, já que a série simplesmente virou um estouro.
Sou muito fã de séries intensas, todas as que eu vejo estão de algum modo relacionadas a suspense, mistério, sobrenatural ou todos esses três itens juntos. Então assistir a algo que demonstra situações cotidianas, que é o caso de My Mad Fat Diary, é um baita desafio pra mim.
Aos familiarizados com MMFD, podem pular para as minhas primeiras impressões, mas aos novatos, deixo aqui a minha breve sinopse: Rachel Earl é uma adolescente normal de 16 anos: gosta de flertar, repara em garotos, tem pensamentos constrangedores e pontua a maioria de suas frases com palavrões. Ela ser uma adolescente acima do peso não tiraria o seu crédito, mas o fato de que Rae acabou de sair de uma clínica psiquiátrica justamente por isso é muito a se considerar. A série vai girar em torno de sua readaptação ao mundo do qual ficou reclusa por 4 meses, seus altos e baixos, seus erros e suas tentativas de acertar o seu rumo. Tudo isso bem ― ou mal, depende do seu julgamento ― acompanhada de seus (novos) amigos.
Por enquanto apenas vi o episódio piloto da série, mas como Kester ― o terapeuta substituto da Rachel ― disse: dá para dizer bastante sobre a personalidade de uma pessoa nos primeiros cinco segundos que a conhece. Aplicando esta teoria nessa situação: o episódio piloto definirá o que o programa será para você. Porém, também tenho uma teoria: os primeiros episódios não fazem jus a nenhuma série ― e isso vem de uma garota que já viu, ao todo, 22 séries em dois anos e dessas 22 abandonou 17. Portanto seria perigoso comentar algo sobre MMFD sem ter visto pelo menos o segundo episódio, mas depois que risquei 5 itens dos 8 motivos para ver My Mad Fat Diary logo de cara, achei que estava indo no caminho certo.

Primeiras impressões:
·         Identificação. Por eu também ser uma adolescente gordinha cercada de gravetos ambulantes, me identifiquei logo de cara com a Rae. Embora a série se ambiente na década de 90, os problemas não são muito diferentes dos de 2014. Rachel também não faz a mínima ideia de como lidar com o sexo oposto e não consegue conter pensamentos constrangedores, o que define mais de 60% do meu dia.
·         Ruivas. A não ser na família Weasley, creio que nunca vi tantos ruivos em um só lugar. Não que eu esteja reclamando, sempre quis ser ruiva e tenho uma queda por ruivos, nunca escondi.
·         Fucking hot boys. Há garotos para todos os gostos, desde médicos gatos ― realmente gatos ― a idiotas musculosos. Apaixonei-me nos primeiros 10 minutos por um nerd, segundos depois entreguei meu coração a um taciturno mal-humorado.
·         Casos de Família. Como se não bastasse ter que enfrentar o mundo pós-reabilitação, Rachel ainda tem que lidar com a sua mãe que parece viver em uma eterna crise da meia-idade, ou seja, age feito uma menininha de 20 anos e não tem o mínimo senso do ridículo. E a sua nem-tão-mais-melhor-amiga que ganhou peitos enquanto Rae esteve fora e que, a meu ver, apenas tolera Rae por remorso. Sendo essas duas responsáveis por puxar o gatilho que levou Rachel à clínica psiquiátrica.

Os 5 porquês:
1º: O sotaque britânico me ganhou de cara. Sou apaixonada por Sherlock, da BBC, e já dei umas olhadinhas em Doctor Who, e uma vez que você prova o gostinho de uma série britânica, não quer outra coisa.
2º: Juntando a vida atribulada de segundo ano do ensino médio e todas as pressões de ser um formando no próximo ano, com o bendito hobbie (ou compulsão, chame do que quiser) de ver séries, uma série com poucos episódios é a definição de utopia. MMFD tem 6 episódios na primeira temporada e 7 na segunda. 10 points to My Mad Fat Diary!
3º: Como a série se passa nos anos 90, a trilha sonora não poderia ser ruim nem que tentasse.
4º e 5º: Por ser baseado em uma história real não dá aquele ar sensacionalista e cinematográfico de querer chamar a atenção. Criamos uma intimidade com a história e nos sentimos livres para nos identificarmos, afinal não é só mais um drama adolescente, é real, aconteceu e há um livro para provar.

Definitivamente continuarei a acompanhar a série. Embora o futuro dela seja meio incerto, não me sentirei intimidada em devorar o restante da temporada. Mandarei esse status “na bolha” para o raios! Vou preparar a minha manta de microfibra, separar algumas barras de chocolate ― desculpe, Rae! ― e me acomodar na minha cadeira, pronta para uma maratona de MMFD.
Giu sabia bem do que estava falando quando disse que eu ia gostar. Acertou em cheio, sista!

Toodle pip,
Marcella.


4 comentários:

  1. Nao conhecia, :D

    Beeijos, ♥ || INSTAGRAM: @luannaandrade_

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    1. Ficou um pouco curiosa para ver, pelo menos? He, he.
      Obrigada por comentar =^.^=
      Beijos,
      Marcella.

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  2. Nunca tinha ouvido falar dessa série, parecer ser legal, ainda mais com essa temática de contar sobre o cotidiano, essas coisa simples, as vezes as pessoas tentam tanto fazer as histórias mais absurdamente loucas e cheias de ação (não que eu não goste dessas séries, na verdade as amo), que as vezes o simples faz falta.

    http://seisvidasemeia.blogspot.com.br/

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    1. É uma adolescência acessível a da série e até mesmo normal, não retrata um mundo "Skins". É bom dar uma variada de vez em quando, dar uma parada nos absurdos americanos e encarar uma série cotidiana com sotaque britânico, dá até vontade de tomar chá com o dedinho levantado.
      Espero ter atiçado, nem que seja só um pouquinho, a sua curiosidade.
      Adoro quando você comenta, muito obrigada! ♥
      Beijos,
      Marcella.

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