Foto: Marcella A.
Coleciono amores perdidos, noites mal dormidas, olheiras,
palavras não ditas, mas também coleciono ingressos de cinema. Alguns são o que
comem, eu sou o que vejo, o que assisto, sou cada um desses pedacinhos de
papel. Minha alma é romântica, mas não me refiro à romântica de apaixonada e
sim romântica do Romantismo, onde os homens não se adaptavam ao mundo real por considera-lo
trágico demais, portanto preferiam viver na sua própria realidade.
Identifico-me com este pensamento, os filmes são a minha fuga da monotonia
diária.
Ao longo de quatro anos juntei trinta e dois ingressos.
Alguns se perderam, outros foram esquecidos em alguma bolsa, mas estes pequenos
pedaços múltiplos de quatro resistiram ao tempo e aos descuidos de uma garota
desastrada e de memória fotográfica um pouco seletiva.
Pularei os dois primeiros anos, onde a minha coleção é
escassa ― apenas 4 ingressos ―, mas saibam: apesar de terem se passado quatro
anos, ainda choro vendo A Última Música e Toy Story 3.
Jogos Vorazes, O Espetacular Homem-Aranha, Prometheus, A Origem dos Guardiões e As Aventuras de Pi. |
2012 foi um ano mais animado. “Jogos Vorazes” me rendeu bons
sustos e “O Espetacular Homem-Aranha” fez com que eu revisse os meus conceitos
sobre esse super-herói em particular.
No entanto, nem tudo são flores: "Prometheus" ganhou o meu
banana de ouro (detesto bananas) pelo pior filme do ano, o que é engraçado
porque agradou muita gente e inclusive concorreu ao Oscar. Prometheus engana no
início, achei de fato que fosse sobre o mito grego, mas a única coisa similar
ao mito foi a analogia de terem encontrado a origem da raça humana. A partir
daí tudo pode ser resumido em: corpos criogenizados em uma nave espacial, um
robô psicótico, alienígenas mais psicóticos ainda, uma mulher grávida de um E.T
e um final que deixa bem explícita uma continuação. Por favor! Não façam outro!
"As Aventuras de Pi" ainda é um grande mistério para mim: em
qual versão eu acredito?
O ano chinês do dragão provavelmente foi o ano em que mais
fiz minha família ― oi mãe, oi vó! ― gastar dinheiro em troca de algumas horas
fora do mundo real. Em 2013 superei, mesmo que momentaneamente, meu medo de
zumbis e me deixei surpreender por “Meu Namorado É Um Zumbi” ― em inglês o
título é menos tosco: Warm Bodies.
Outro que me surpreendeu foi “O Hobbit: A Desolação de Smaug” ― ou 'Smilinguido', para os íntimos. Confesso que Martin Freeman e Benedict Cumberbatch ― oi
John, oi Sherlock, querem chá? ― foram um grande peso na decisão de passar a
acompanhar O Hobbit, mas jamais imaginei que iria acabar comprando os dvds de “O
Senhor dos Anéis”, a saga conhecida por me dar sono. O filme foi sensacional e
me manteve presa do início ao fim e querendo mais.
As minhas grandes decepções do ano foram “OZ: Mágico e
Poderoso” e “Homem de Ferro 3”. Oz tinha tudo para dar certo, mas o excesso de
efeitos especiais é irritante e incomoda. O filme não tem elementos reais e nem
a atuação de James Franco e Mila Kunis conseguiram amenizar. Já Tony Stark,
embora eu não seja uma nerd de quadrinhos ― e muito menos surda ―, me deixou
atordoada com os mil e um barulhos e os 15 minutos de créditos pra ver uma cena
curtinha no final. Pô, Marvel!
Agora, um aspecto que não posso reclamar de 2013: "O Mar de
Monstros". Apesar de o filme não seguir a linha dos livros, o que não é
novidade, a ansiedade de três anos era maior do que os pré-conceitos. Filme
ótimo para o público infantil ― ou seja, bom pra mim também porque curto as
mesmas coisas que os pirralhos ― e ainda fui na pré-estreia. Acho que não
poderia ter pedido mais! (Só se fosse para tirar as cenas do Cronos).
2014 é o ano das animações na minha lista de filmes: Frozen,
As Aventuras de Peabody e Sherman, Tinker Bell, Rio 2 e Como Treinar o Seu
Dragão. O ano só está na metade e provavelmente já vi mais desenhos do que
muita criança por aí.
Os quatro últimos filmes que assisti foram os que mais fizeram
o cinema desse ano valer a pena. Não poderia esperar nada menos do que
excelência de “Malévola”, Angelina Jolie é maravilhosa em tudo o que faz.
Embora reclamem de que Malévola passou a ser Benévola, achei o final
completamente digno, ainda mais porque me deixou contente, lá pelas tantas já
estava tão envolvida no filme que deixei as éticas morais de lado e torci pela
vilã mais do que o normal.
“A Culpa É Das Estrelas” e “Como Treinar o Seu Dragão 2” me
deixaram boquiabertas por terem me feito chorar. Sou uma manteiga derretida,
mas chorei mais com a Hazel no filme do que no livro.
“X-Men”, apesar de ter me deixado frustrada com aquele
final, fazendo minha mente dar pane, foi um dos poucos filmes de super-herói
que não me desapontaram ultimamente.
O ano ainda tem mais quatro meses e espero encher mais um
pouco o meu álbum. Enquanto o Ensino Médio não deixa e os cinemas não
colaboram, só me resta aumentar a minha pilha de dvds de promoção das Lojas
Americanas. Não que eu esteja reclamando!
Namastê,
Marcella.
E eu que achava que era a unica que guardava os ingressos de cinema suahsuahu o meu ingresso mais antigo é 2008, eu acho. Infelizmente tem alguns que apagaram ): mas a maior parte ainda da pra saber de qual filme que é e a data. Muitos ingressos de estreias, muitos ingressos do mesmo filme, por exemplo os três de The Avengers... Adoro ficar vendo os ingressos e lembrar dos filmes e o legal é que você consegue lembrar até algumas coisas que marcaram aquele dia.
ResponderExcluirseisvidasemeia.blogspot.com.br
Ingressos de cinema são tesouros! Como esse papel é extremamente sensível, costumo escrever atrás qual era o filme e a data, é uma boa dica. A mesma coisa acontece comigo! Tenho vários ingressos do mesmo filme ou então ingresso nenhum de um filme que gostei bastante, é uma pena as pessoas esquecerem que coleciono e acabarem jogando fora. É delicioso olhar e relembrar o dia, o melhor é que são sempre lembranças boas! =^.^=
ExcluirObrigada por comentar, Gabi ― se me permite a intimidade.
Baisers et des caresses,
Marcella.